Cinofilia-BR – A p a i x o n a d o s p o r C ã e s
Entrevistando Alexandre Rodrigues
Onde | Fortaleza-CE
Por quê | Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará – UECE(1999); Mestrado (2001) e Doutorado (2005), na área de Reprodução Animal, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UECE (2001), com período sanduíche, na Universidade Estadual Paulista – UNESP/Botucatu.
Foi o Vencedor do Prêmio CAPES 2006, com a Melhor Tese de Doutorado, na área de Medicina Veterinária. Atualmente, é Bolsista de Produtividade do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq, Professor/Pesquisador da Rede Nordeste de Biotecnologia – RENORBIO, e Professor efetivo adjunto 3 da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA, em Mossoró – RN, onde ministra disciplinas da área de Reprodução Animal, no curso de graduação em Medicina Veterinária e na Pós-Graduação em Ciência Animal.
Coordena a equipe do Laboratório de Conservação de Germoplasma Animal da UFERSA, onde desenvolve pesquisas com ênfase em Biotecnologias Aplicadas à Reprodução de Animais Silvestres do Bioma Caatinga e Animais de Companhia.
Perfil de Criador :
Médico Veterinário, proprietário do Canil Urbana Legio, especializado em cães da raça Cocker Spaniel Inglês. Cria cockers desde 1994, mas só adentrou no mundo das exposições do sistema CBKC em 1999. Desde então, o seu canil tem figurado entre os mais conceituados do Brasil, alcançando inúmeras vitórias. O canil é vinculado ao Kennel Clube do Estado do Ceará, com sede em Fortaleza, Ceará. Entretanto, como o proprietário reside em Mossoró, no RN, possui cães em ambos os estados. Seu canil visa o aprimoramento genético da raça Cocker Spaniel Inglês, o que o leva a optar por criar um número reduzido de cães, mas com grande qualidade, produzindo apenas ninhadas esporádicas e bem elaboradas.
E n t r e v i s t a
Cinofilia-BR: Como se deu seu envolvimento com os cães? Qual a raça na qual iniciou?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)– Venho de uma família totalmente envolvida com a cinofilia. Meu pai, por exemplo, atua junto à Sociedade Cearense de Criadores de Cães Pastores Alemães, quase desde sua fundação, na década de 70. Nasci e fui criado nesse meio, tendo os Pastores Alemães como minha grande paixão e atuando, principalmente, como handler desta raça. Ao longo do tempo fui conhecendo as outras raças e, por meio da criadora Sra. Cléa Petrelli, conheci o Cocker Spaniel Inglês. A referida criadora foi quem primeiro me presenteou com uma cadela dessa raça, chamada Babuska Thulza Doom “Priscila”. A partir desta, a paixão só aumentou e hoje se tornou prioridade.
Cinofilia-BR – Por que criar Cocker Inglês?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)–O Cocker Inglês reúne várias características que o torna uma raça única e cativante. Ao mesmo tempo em que é um cão de grande beleza e exuberância, também apresenta disposição e resistência para atuar como um cão de trabalho. Apresenta-se altamente ativo para brincadeiras ou esportes a todo o momento e ocasião, conservando sempre aquele olhar cativante que nos conquista.
Cinofilia-BR – Seria possível traçar um panorama da raça Cocker Inglês hoje no Brasil?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – A raça passou por um período de estagnação, com poucos criadores atuantes, pouca ou nenhuma importação e renovação de plantel. Porém, de três anos para cá, tem-se observado uma retomada de sua evolução. Diversos cães foram importados, tanto da Europa quanto dos Estados Unidos, fortalecendo a criação nacional, e dando uma renovada nas linhas de sangue. Em suma, são ainda poucos os criadores, sendo estes concentrados principalmente no sudeste do país, onde eu destaco os Canis Flutters, Arcanos, Foxheuller e Zetallyn. A raça é também muitíssimo bem representada no Rio Grande do Sul, onde talvez residam os melhore cockers de criação nacional, nos canis Falklands e True Blue. E, é claro, eu não poderia deixar de destacar, nós – do Urbana Legio – que temos nos destacado na representação da raça no Nordeste do Brasil.
Cinofilia-BR| Soube de suas importações. No que isso poderá contribuir para o melhoramento e tipicidade da raça Cocker Inglês no país e em especial no Nordeste?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)– Bom, existe um grande paradoxo na criação de Cockers no Brasil, haja vista que existem dois tipos predominantes, o inglês típico e o americano. O Brasil recebe grande influência dos tipos americanos e, nas exposições gerais, este talvez seja o tipo que mais se destaca. Entretanto, creio que em uma criação especializada devamos retomar o tipo original da raça, de acordo com seu país de origem. Portanto, embora meus cães tenham sofrido grande influência de um reprodutor americano: Dundee’s Trade Secrets, eu optei por buscar uma intersecção, importando recentemente um cão europeu: Vianset Pietro Pellegrino, descendente de um dos maiores reprodutores da Europa, Bencleuch Billionaire; ainda, trouxe também uma cadela do Uruguai, Bluemystic Roxette, também da mesma linhagem inglesa através de seu avô Bencleuch Blair Adam. Meu intuito é hoje conservar o show dos cachorros americanos, mas aprimorar a criação mediante a introdução do tipo e das angulações dos cães ingleses.
Cinofilia-BR| Como você realiza seus cruzamentos? Usando Outcrossing ou In Breeding?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Como professor, sou obrigado primeiramente a fazer uma correção: você utiliza o termo “cruzamento” quando acasala populações diferentes, como duas raças, por exemplo. Sendo assim, quando eu utilizo cães de uma mesma raça, eu pratico o “acasalamento”. Nesse contexto, a principio, a base de meu canil hoje foi constituída toda sobre o chamado Line Breeding, que é o acasalamento dentro de uma mesma linhagem, mas não tão próximo quanto o In Breeding. Esse Line Breeding foi realizado para fixação de características que se destacam na minha criação, como por exemplo a cabeça forte e bem desenhada, oriunda de reprodutores como o Sparklet Collinwood, Skylark Harverst Time e Dundee’s Trade Secrets. Porém, ao mesmo tempo que fixamos qualidades, algumas características indesejáveis foram também fixadas. Portanto, nas próximas gerações, minha intenção é trabalhar com o Outcrossing, através da introdução das linhagens inglesas.
Cinofilia-BR – Em que consistirá a sua contribuição para o melhoramento da raça no nosso país e o que você tem feito para obtenção desse resultado? Tem, já, algo de novo a compartilhar com todos nós?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Dentro da cinotecnia, na faculdade de veterinária, estudamos que qualquer raça está sempre em constante evolução. Não por modismo, mas por necessidade de adequação ao novo ambiente, ao qual os indivíduos são submetidos. A consciência deste aspecto da criação me faz estar em constante contato com criadores Europeus e Latino-Americanos que têm se destacado, sempre na busca do conhecimento. A partir deste conhecimento é que tento tomar as decisões de como prosseguir na criação. Assim, minha intenção em curto prazo é investir em fêmeas de importantes linhagens europeias, haja vista serem estas a base de qualquer criação de qualidade.
Cinofilia-BR – Fale um pouco sobre o seu sistema de criação, nutrição, além, é claro, do veterinário e de sua importância?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Eu não tenho muitos cães. Hoje, tenho sete ao todo. Alguns moram comigo, outros estão em co-propriedade. Meus cães são todos membros da família e fazem parte do meu dia a dia. Embora eu tenha canis, situados no lado externo da casa, meus cães passam o dia soltos, circulando livremente dentro de casa, como membros da família. E é interessante que neste convívio direto, observo as nuances de seu comportamento e a adaptação ao ambiente interno da casa. Em termos de nutrição, acho importantíssima, haja vista que é o primeiro passo para a saúde de um cão. Assim, tenho optado por alimentar meus cães com rações peletizadas da Royal Canin, sempre, haja vista que esta atende a todas as necessidades de minha criação, proporcionando uma nutrição de qualidade, que se reflete no estado geral de saúde dos meus cães. Em relação ao veterinário, sou suspeito para falar, haja vista ser esta a minha profissão. Mas eu acredito que qualquer criação animal é dependente desse profissional, de sobremaneira, para zelar de diferentes aspectos da nutrição, aconselhamento genético, dentre outras nuances, com o intuito principalmente de prevenir problemas, e não apenas curá-los.
Cinofilia-BR – Já estou no mundo da cinofilia desde 1986. Desde então tenho visto lindos animais, mas, sempre me perguntei: Como os criadores fazem para obter animais tão belos? Como eles conseguem ninhadas homogêneas? Creio que outros apaixonados por cães também gostariam de saber. Poderia compartilhar?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Eu ainda estou em busca desse segredo (risos). Acho que a criação é o dia a dia, um grande quebra-cabeças. Tenho a certeza que o criador que gera um supercão, provavelmente, tirou vários cães médios antes deste, ou concomitante a este. Criar é uma arte, é o que tenho ouvido de grandes criadores mundo afora. Vou continuar em busca deste segredo, e quando eu souber, talvez te conte (risos).
Cinofilia-Br – O Doutor acha que seria cabível um simpósio ou congresso, um evento científico, enfim, versando sobre: Ensinamentos de como obter bons resultados com a sua criação,
a partir da escolha de filhotes até estudos de padrão, tipo de animais, pedigree canino, além de outros temas correlatos?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)– Eu acho totalmente cabível. A cinofilia, por muitas vezes, fica limitada à vaidade das exposições. Creio que os Kennels poderiam fazer muito mais se tivessem uma postura não apenas de cartório e promotor de competições, mas adquirissem um caráter também congregatório e educativo perante os criadores. Creio que exista uma distância cultural muito grande entre os criadores brasileiros, em maioria, e aqueles situados em países desenvolvidos, no tocante ao esclarecimento. E estes simpósios viriam, provavelmente, a dirimir tais discrepâncias.
Cinofilia-BR – Quais os principais resultados obtidos por seu canil e seus cães?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Desde que ingressei no mundo das exposições, posso dizer que tive muita sorte. Minha primeira grande cadela, Cuckfield’s Guriá, fez história e se consagrou como uma das maiores vencedoras da raça em todos os tempos, acumulando diversos Best in Shows, com inúmeros finais em exposição, e tendo vencido importantes shows. Através de seus descendentes, já sob o afixo Urbana Legio, ao longo dos últimos cinco anos, temos figurado sempre entre os cinco melhores canis do Brasil, segundo os Rankings Dogshow e CBKC. Nossa cadela Bella Sophia Urbana Legio sagrou-se Melhor Fêmea Absoluta do Brasil e Melhor Jovem do Brasil em 2008; seu irmão Clark Kent Urbana Legio sagrou-se Segundo Melhor Cocker do Brasil e único no Hall da Fama Dogshow em 2010; nosso Urbana Legio’s Aslan foi o Melhor Jovem do Brasil em 2011 e atualmente, é o Segundo Melhor Cocker do Brasil no ano de 2013. Todos eles conquistando Best in Shows e outras posições no final das exposições.
Cinofilia-BR – Um momento especial durantes esses anos de Criação?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Puxa, houve tantos… creio que o mais especial tenha talvez sido o primeiro BIS de minha cadela Guriá, em Belém, em 2002. Até porque foi este o primeiro da minha vida. Além deste, eu acho que o nascimento de uma ninhada e a partida de um cão pro outro plano é sempre um momento especial, seja pela alegria ou pela dor, respectivamente.
Cinofilia-BR – Sabendo que uma boa fotografia ou vídeo vende um animal, até que ponto mexer ou não na fotografia é importante? E se isso acontecesse você informaria ao seu futuro comprador que a foto seria meramente ilustrativa?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)– Caso a manipulação da foto seja no ambiente, não vejo problema algum. Entretanto, eu sou contra a mistificação do cão no intuito de esconder os defeitos do mesmo. Acho que isso é enganar-se a si mesmo e ao próximo.
Cinofilia-BR (pergunta selecionada Internauta) – Gostaria de saber qual a real situação da reprodução de cães no Brasil, usando novas tecnologias. Em outros animais são realizadas FIV e ICSI com transferências embrionárias, além de congelamento de sêmen, de ovócitos, etc. E em cães? Estamos realizando tudo isso no Brasil ou só a inseminação artificial?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Infelizmente no Brasil, as biotecnologias reprodutivas para cães são ainda limitadas, de sobremaneira, ao ambiente acadêmico. Muitas desta biotécnicas já se encontram em franco desenvolvimento e poderiam sim ser aplicadas ao dia a dia da cinofilia, como por exemplo a congelação de espermatozoides e ovócitos. Porém, no que se refere a tecnologia de embriões sejam produzidos por FIV convencional ou ICSI, os resultados no mundo todo em cães são ainda muito incipientes, haja vista que o conhecimento e controle do ciclo reprodutivo e de desenvolvimento embrionário em cães é ainda muito pouco elucidado. Eu tenho trabalhado com biotécnicas reprodutivas em cães desde 1995, inclusive, nós fomos agraciados com o prêmio de Melhor Tese de Doutorado em Medicina Veterinária do Brasil em 2006, pela CAPES, órgão do Ministério da Educação, justamente com um trabalho sobre criopreservação de sêmen de cães. Desde então, a ciência evoluiu e temos conseguido obter taxas de nascimento em torno de 60-70% com o sêmen canino congelado. Porém, tais resultados são oriundos de experimentos controlados, haja vista a procura pelo serviço ser ainda pequena, bem como, muitas vezes, a burocracia da própria instituição à qual estamos vinculados não favorecer a oferta deste serviço.
Cinofilia-BR – Poderia o doutor compartilhar conosco informações e conhecimentos trocados no seminário de que participou, promovido pelo Kennel Club Norteriograndense?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Nós já ministramos inúmeras palestras em congressos para veterinários, biólogos, zootecnistas e outros profissionais da área de ciências animais. Entretanto, o seminário para criadores promovido pelo KCN foi uma experiência única. Primeiro, um público diverso, formado por criadores, árbitros e handlers, aptos a nos mostrarem diferentes perspectivas da cinofilia. Em segundo lugar, falar e ouvir sobre uma raça, ou várias raças, é uma experiência sempre gratificante de aprendizado. Eu realmente imagino ter absorvido muito mais conhecimento do que me prestei a tentar passar. Sinceramente, sugiro que tais eventos se espalhem e se repitam pelos vários kennels do país, pois creio, esse sim, ser o sentido real da cinofilia.
Cinofilia-BR – O Sr. Acha que deveríamos ter mais simpósios, seminários, enfim, haver mais troca de conhecimento entre criadores? Em caso afirmativo, até que ponto isso poderá trazer benefícios para os criadores antigos e os novos?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Com certeza, creio que estes eventos devam se expandir. A troca de conhecimentos é sempre benvinda. E creio que seria uma maneira também de congregar criadores, atrair (e manter) novas pessoas para a cinofilia.
Cinofilia-BR – O doutor acha viável a realização de um grande evento anual aqui no NE? Exemplo: nove Exposições Internacionais, alem de especializadas, feira de filhotes, stands de vendas de carros e de outros produtos, sem prejuízo de uma parceria com empresa aérea, no sentido de otimizar o transporte de pessoas e de animais para esse evento?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio)– Veja bem, eu advenho do mundo acadêmico. Sou acostumado a participar de grandes Congressos, que reúnem todas essas características. Então, não vejo porque na cinofilia teríamos que ser diferentes. Certamente, creio que temos público e disposição para a realização de um evento de grande porte no Nordeste.
Cinofilia-BR – Trace um parâmetro no sentido da melhoria da cinofilia aqui do Nordeste, especificamente?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) –Acho que, muitas vezes, é fácil criticar a organização de um evento ou a diretoria de um clube. Porém, creio que a mudança deve vir de cada um. Eu tenho visto muita falta de educação entre os criadores. Por exemplo, eu vejo críticas aos locais de exposição. Mas vejo também, os condutores dos cães os deixarem sujar todo o ambiente, o que impossibilita a continuidade de realizações do evento naquele local. Eu vejo criadores reclamarem dos resultados das exposições, mas também vejo muita falta de autocrítica, uma paixão cega que impede o dono de ver os defeitos de seu cão e aceitar a qualidade do rival. Então, acho que a mudança deve começar daí, de cada indivíduo em si, uma mudança de postura, e uma evolução de cultura. A partir disso, poderemos então cobrar melhorias em uma maior amplitude, pois estaremos preparados para elas.
Cinofilia-BR – O que você gostaria de ver mudar na cinofilia?
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Puxa, tanta coisa. Acho que primeiro de tudo, o nível de respeito que os indivíduos tem pelos outros, como já citei no tópico anterior. Neste aspecto, ainda, eu faço uma crítica a alguns juízes, que muitas vezes sobem em seu pedestal de arrogância e se colocam a uma distância imensa do criador. Eu acho um absurdo quando um juiz não dá a devida atenção a um cão de má qualidade na pista, pois ele esquece que aquele cão pode ser de propriedade de uma criança, que está se empolgando pela cinofilia, e que pode vir a ser um grande criador. A cinofilia às vezes é muito fria, infelizmente. Quem gosta de cachorro de verdade, gosta de todos, não faz distinção. O resto é só vaidade.
Cinofilia-BR – Acentuando ter sido uma honra contar com as judiciosas e elucidativas respostas às indagações formuladas, gostaríamos de agradecer por sua atenção e respeito com o nosso meio de comunicação. Obrigado.
Alexandre Rodrigues (Canil Urbana Legio) – Sou eu quem agradeço a atenção recebida. Espero ter contribuído com o Cinofilia-BR, e lhes parabenizo pelo excelente trabalho de cobertura cinófila que tem realizado. Obrigado.
Por Bruno Sant’Ana.
Revisão: Marlene Ramos.
