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Como Fazer um Videoclipe

Com os recentes avanços da tecnologia de vídeo, criar vídeos musicais amadores ficou mais fácil do que nunca. Como qualquer empreitada artística, o processo de gravar um vídeo musical pode trazer muita realização pessoal, mas ao mesmo tempo ser frustrante, divertido, desafiador, exaustivo e emocionante – às vezes, tudo de uma só vez. A sua imaginação e o orçamento disponíveis são os limites para os vídeos musicais. Neste artigo, vamos explorar o básico do processo criativo e técnico, variando de um simples cantarolar registrado com a webcam até produções mais elaboradas.

Parte 1 de 5: Desenvolvendo o Conceito

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    Conheça bem o seu orçamento. Um vídeo musical não precisa sair caro para ser bom. Alguns dos vídeos mais criativos e inesquecíveis da história são produções simples, com sérias restrições orçamentárias. Outros torraram milhões para ficarem prontos. Saber quanto dinheiro pode-se gastar antes de começar evita que você estoure o orçamento.
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    Tenha um caderno sempre à mão. Não precisa ser nada digital, caro ou cheio de frescura. Basta ter algo onde você possa anotar seus pensamentos, idéias e rascunhar cenas para o vídeo. Mantenha lápis e canetas mais uma borracha junto com o seu caderno, e carregue-o sempre que tiver que trabalhar nas filmagens. Nunca se sabe quando novas idéias vão aparecer de repente na sua mente.
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    Converse com o artista ou a banda. Pode ser que eles tenham uma idéia de como querem que o vídeo fique. Algumas idéias serão boas ou até mesmo ótimas. Outras podem exigir um elenco que custa milhares de reais, a melhor computação gráfica possível e o diretor mais renomado que se conhece para dirigir o vídeo. Se o seu orçamento permitir, não há limites para o que pode ser feito no vídeo, mas você é quem decide quais idéias valem a pena adotar. Tenha uma visão realista do que pode ser feito – ou seja, quais idéias são viáveis, quais são inviáveis e ainda, quais são simplesmente péssimas.

    • Se por um acaso você for um dos membros da banda cuja música será o tema do vídeo, você está numa posição com vantagens e benefícios exclusivos. Isso porque você tem acesso de primeira mão ao processo criativo da banda. Por outro lado, fazer um vídeo musical pode ser bastante estressante. Suas relações pessoais e criativas podem acabar sendo afetadas – esteja ciente disso.
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    Antes de planejar qualquer coisa, escute a música. Não faça mais nada além de simplesmente ouvir a música. Então escute de novo, e de novo, até ter ouvido várias vezes. Ouça a música junto com o artista ou a banda. Mesmo que você saiba a música de cor, escute-a como se fosse a primeira vez. Como ela faz você se sentir? Ela faz você ficar com vontade de dançar, chorar, fazer algo bobo ou encher a cara? Ou ela faz você sentir uma estranha combinação de sentimentos e emoções? Anote as suas reações à música.
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    Elabore suas idéias. Uma vez que você tiver uma noção das emoções e sentimentos que a música inspira, comece a refletir sobre as idéias para o vídeo. Pode ajudar bastante se durante esse processo você consultar a sua equipe técnica – eles sabem o que é fácil ou complicado de fazer.

    • As idéias podem ser diretas e objetivas. Por exemplo, uma idéia para uma música sertaneja sobre gente que acaba se conhecendo no meio da estrada pode ser “seguindo um homem dirigindo pela estrada, conhecendo gente em mercadinhos pequenos e postos de gasolina pelo caminho, refletindo o que a letra diz” pode dar muito certo se bem executada.
    • Acrescentar detalhes específicos e pequenos pode transformar seu vídeo inesquecível ou até mesmo em um ícone. Compare as anotações a seguir com a descrição vaga da idéia sugerida logo acima: “Personagem principal dirigindo um Opala conversível numa estrada a perder de vista; encontra um fazendeiro em uma lanchonete de beira de estrada no verso 1; depois encontra um policial numa Pajero no verso 2 e uma gata de tirar o fôlego no cerso 3, que pula para dentro do carro dele e os dois vão-se embora à medida que a música termina. Lado cômico da história: Ele derruba mostarda na camisa no verso 1; dá uma amassadinha de nada na Pajero do policial no verso 2; passa cantadas furadas na gata do verso 3.”
    • Idéias abstratas e estranhas podem render ótimos vídeos musicais. As cenas não precisam necessariamente refletir o que diz a letra da música. Criar um contraste entre a parte visual e a letra da música pode causar o impacto que você queria. Alguns vídeos chegam a ser sem sentido ou até mesmo bizarros. Não tenha medo de chocar ou de confundir a audiência se você achar que essa é a melhor escolha para o seu vídeo.
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    Fique de olho nas locações das filmagens. Antes de começar o trabalho, você precisa saber exatamente onde quer filmar. Às vezes o conceito do vídeo exige que se viaje até um local deserto e distante ou que se monte um set especial. Por exemplo, o vídeo do exemplo que citamos pode ser fácil de filmar no interior de Minas Gerais, mas exigir bastante jogo de cintura se toda a equipe estiver baseada na Avenida Paulista em São Paulo.

    • Converse com os donos ou a administração de qualquer estabelecimento ou local que você deseja usar. Pergunte se não há problema em filmar ali. Você pode até dar a sorte de encontrar um dono de restaurante que se encaixa perfeitamente na descrição de um dos personagens e que sempre quis aparecer em um vídeo.
    • Vale também avisar seus vizinhos sobre as filmagens antes do trabalho começar. Caso contrário, eles podem acabar registrando reclamações ou até mesmo chamando a polícia por causa do barulho ou da invasão de privacidade.
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    Faça um rascunho da sequência de cenas. Essa é uma das ferramentas mais eficazes para planejar o sue vídeo. Nela, faz-se desenhos de cada cena para dar uma direção à ação do vídeo.

    • Os vídeos musicais normalmente empregam escolhas cinematográficas especiais ou efeitos especiais para criar uma experiência única. Caso planeje encluir um dos dois recursos no seu vídeo, inclua-o no seu rascunho das cenas.
    • O rascunho das cenas não precisa ser elaborado. Ele pode consistir simplesmente da posição dos atores e dos objetos em cada cena ou ser detalhados a ponto de descrever os sentimentos, emoções, expressões faciais, direção de movimentos, etc de cada personagem. Caso o desenho não seja o seu forte, basta fazer o rascunho apenas com texto. O importante é que você saiba o que vai acontecer em cada cena e que você saiba se comunicar com a sua equipe.
    • Procure dividir o vídeo em cenas que tenham tudo a ver com a sua visão geral. Você pode também reduzir o tempo de filmagem se filmar tudo num lugar só. Ou planeje as filmagens para não ficar viajando à toa.

    Parte 2 de 5: Escalação de Elenco

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      Encontre a sua equipe. Dependendo do tamanho da sua produção, você poderá contar somente com os atores ou precisar de uma equipe numerosa. Seguem as funções para as quais você vai precisar contratar gente:

      • Diretor. É bem provável que ele seja você mesmo. Você administrará todas as partes diferentes das filmagens, desde compartilhar a sua visão geral com o elenco e a equipe, passando pela mediação de disputas entre o pessoal da iluminação e do som e into até a manutenção do carro usado na filmagem e se todas as locações estão disponíveis para serem fechadas ao público. Você será o chefe, mas também será o responsável por absoltamente tudo e todos.
      • Videógrafo. Ele é o responsável por capturar a ação que se passa na frente de uma ou mais câmeras. Ele vai estruturar a cena, trabalhar com a parte elétrica para garantir que o set de filmagens esteja iluminado adequadamente e ainda avisa o pessoal do som quando eles tem que entrar em ação.
      • Chefe eletricista. É ele quem garante que todas as luzes estão acesas e funcionando, que os atores estão bem visíveis e que tudo está pronto para a filmagem.
      • O especialista em som. No set de filmagens, ele é quem fica colocando os microfones os rostos de todo mundo e escondendo outros nos lugares certos do set. Para um vídeo, o qual normalmente não exige diálogos, ele é o responsável por sincronizar atores e a música. Nos intervalos do trabalho de ficar apertando “Stop” , “Play” e “Rewind,” ele vai sair correndo atrás de lanches e bebida para o pessoal.
      • O assistente. Essa pobre criatura é que arruma todos os fios, luzes, equipamento, bancos e cadeiras, mesas, objetos usados na filmagem e tudo o mais que entrar no set. Fica muito mais fácil filmar quando você tem alguém para cuidar disso tudo enquanto você se preocupa com o conceito do vídeo.
      • Guarda-roupa. Dependendo do seu orçamento, pode ser que você peça simplesmente que o ator use um jeans e camiseta justa ou você pode mandar fazer roupas especialmente para a filmagem. Mas o essencial é ter alguém que possa organizar a troca de roupas entre as cenas e um lugar com privacidade para que os atores possam se trocar.
      • Objetos de cena. Será preciso ter alguém que possa cuidar de coisas como achar os carros exigidos pelo roteiro, além de todos os objetos que os atores pegam ou que não seja parte da locação.
      • Continuidade. A menos que você vá filmar tudo de uma só vez, é preciso que alguém confira se os atores vão começar do ponto onde pararam na cena anterior. A pessoa responsável pela continuidade anota as posições de tudo em cena com o auxílio de uma câmera. Ela deve garantir que a mancha de mostarda na camisa da cena 1 ainda esteja lá 3 dias depois, quando as últimas cenas serão gravadas. (Ou ainda, garantir que a mancha *não* está lá se as cenas do começo do vídeo forem feitas depois).
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      Encontre atores com o talento certo. Faça uma lista de todos os personagens do vídeo. O vídeo pode mostrar a banda tocando – nesse caso, você terá que dirigi-la também. Se o seu vídeo conta uma história, faça anotações de todos os personagens, descrevendo o físico e o comportamento deles. Faça audições (testes) para escolher quem tem o talento certo para cada personagem. Para escolher o ator mais apropriado para o nosso vídeo, procuraríamos atores para interpretar os seguintes personagens:

      • O viajante. Ele não precisa falar, mas tem que ser durão, passar auto-confiança e ser o tipo de figura que sai pela estrada afora dirigindo um carro antigão. Jeans. Óculos escuros. Camisa?
      • O fazendeiro. Um homem mais velho, com o rosto envelhecido pelo sol. Um chapéu velho, jeans e camisa para fora da calça, com um sorriso simpático. Ele aparece pouco e rápido em cena, então ele não precisa ser um ator profissional.
      • O policial. Jovem, alto, forte e mais auto-confiante que o protagonista, mas também mais humilde.
      • O atendente do posto de gasolina. Mirradinho? Cheinho? Uniforme sujo de graxa, simpático mas com cara de preocupado, rola os olhos muito bem em cena.
      • O engravatado. Metrossexual, alto e quase bonito, mas nem tanto. Cabelo lambido que fica bagunçado no calor. Roupas e carro que parecem caros. É fisicamente desajeitado e não tem jeito com as pessoas. Tem uma risada arrogante. Atrai a antipatia de todos de primeira.
      • A gata. Mulher forte, independente. Gosta do próprio corpo, o que a torna mais bonita ainda. Morena. Desencanada, bronzeada, tem senso de humor e um sorriso de canto de boca constante. Nunca perde a paciência com o engravatado; pelo contrário, se diverte com a falta de noção dele. Trata o viajante como um objeto, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

      Parte 3 de 5: Luzes, Câmera, Ação!

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        Prepare a cena. Agora que está tudo no lugar certo, os atores já ensaiaram bastante e a equipe está abastecida de cerveja, é hora de começar a filmar. Escolha uma cena. No nosso exemplo, vamos escolher a cena final. Nela, o engravatado tropeça e cai, o viajante ajuda ele a se levantar e termina com a gata pulando dentro do carro do protagonista.

        • Coloque os veículos e tudo que estiver em cena nas posições certas. Peça aos atores para ficarem nos lugares marcados para eles.
        • Prepare as luzes. Como no nosso exemplo as cenas são feitas ao ar livre, caso voc~e não tenha luzes potentes, pode-se usar algo que aja com um refletor, ou seja, um pedaço grande de tecido branco ou painel de papelão branco que reflita a luz do sol, suavizando sombras e iluminando uma cena. Para mais potência, use um espelho ou mais do que um refletor. O assistente deve cuidar disso.
        • Lembre-se, o personagem mais importante em cada cena deve sempre receber mais iluminação em cena. Ao filmar ao ar livre, sempre peça ao personagem principal para ficar de costas para o sol, exceto quando o sol está a meio pino. Dessa forma, os refletores podem iluminar o rosto e a parte frontal da pessoa. Apesar de haver várias formas de conseguir uma iluminação eficiente, vale a pena investir em iluminação para obter um vídeo de qualidade.
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        Prepare a câmera. Pode-se usar uma câmera com tripé para cenas estáticas. Câmeras que ficam balançando podem distrair a audiência do conteúdo do vídeo. Para outras cenas pode ser necessário usar uma câmera com estabilizador de filmagem (também conhecido como “steadycam”) para cenas mais dinâmicas. Há também a opção de filmar com a câmera tremendo mesmo, acompanhando cenas com bastante energia e ação. Se você tem a equipe e o orçamento neccessários, filmar com uma combinação de ângulos e estilos vai ser uma vantagem na hora de ter mais opções para a equipe de edição.
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        Peça aos atores ficarem na posição certa para a filmagem. Se eles estiverem em cena enquanto a câmera opera, peça que eles estejam nas suas posições. Se eles já estiverem em ação quando a câmera começar a rodar, peça que voltem à posição inicial.
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        Deixe a música pronta. Deixe o pessoal do som achar o ponto certo da música e dê um certo tempo para que todos entrem em sintonia com ela. Quanto mais tempo de filmagem, melor. Pelo menos no começo. Se você fizer várias tomadas, depois você poderá editar e deixar essa parte mais curta. O responsável pelo som pode também inserir os sons no vídeo e ajudar o editor-geral mais tarde.
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        Luzes! Deixe todas as luzes na posição certa e acesas.
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        Câmera! O videógrafo aperta o botão Record para gravar e começa a filmar a cena.
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        Ação! Todo mundo conhece o bordão—ao ouvirem “Ação!”, os atores vem e executam a cena.
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        Repita todas as cenas do seu vídeo. Assim você pode ter como resultado tomadas múltiplas, ângulos variados, tomadas ótimas e outras, lamentáveis. Essa é a hora em que o negócio começa a ficar divertido!

        Parte 4 de 5: Pós-produção

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          Transfira o seu vídeo para o computador. Isso normalmente é feito com um dispositivo USB (o famoso pendrive), Firewire ou conexões de smartphones com o computador. Seja qual for o método escolhido, é aconselhável carregar tudo no seu computador e salvar tudo em um diretório só.
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          Tire o máximo proveito do seu programa de edição. Ele pode ser o Sony Vegas, iMovie, Adobe Premiere, Final Cut Pro ou o deluxe Avid.
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          Selecione só o melhor para o resultado final. Examine o vídeo do começo ao fim, tomada por tomada, e selecione as melhores.

          • Use as gravações de som temporárias no vídeo para que sincronizem com os cortes na música, mas não se preocupe com pequenos ruídos ou barulho ao fundo. As gravações temporárias não são usadas no vídeo final.
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          Coloque a música para tocar junto com as cenas. Agora o seu trabalho será sincronizar imagens e música. Faça os ajustes necessários para que tudo aconteça no tempo certo no vídeo de acordo com a música — o que ficará ainda mais evidente se você está trabalhando com cenas da banda tocando.

          • Caso tenha decidido usar cenas da banda tocando, prepare-se para disfarçar erros. Por exemplo, se o guitarrista estava cantarolando no vídeo durante um trecho da música na qual ele está simplesmente tocando uma nota só na gravação, corte e foque em outro membro da banda ou use outra cena para aquele momento.
          • Edite com moderação. Cortes demais podem desorientar o espectador, enquanto tomadas que são longas demais podem parecer artificiais demais. Normalmente é óbvio quando uma tomada não está boa – use o seu bom-senso com calma e tempo para examinar as coisas.
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          Acrescente um título e os créditos se desejar. Costumava-se sempre colocar o nome da música, do artista, da gravadora e do diretor do vídeo no começo e no final da maioria dos vídeos. Hoje em dia, alguns artistas preferem deixar essas informações de lado e imitar o estilo dos filmes em relação a títulos e créditos. Converse com o elenco, a equipe e a banda para ver o que eles acham da sua escolha.

        Parte 5 de 5: Aprendendo com os Gigantes

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          Estude os clássicos. Como qualquer forma de arte, a criação de vídeos musicais tem seus “clássicos.” Esses vídeos influenciaram artistas e diretores de gerações posteriores. Saiba que muitos dos melhores vídeos de todos os tempos são cultuados pelos mais diferentes motivos. Alguns são visualmente inovadores, outros trazem uma mensagem inesquecível e outros ainda conseguem se encaixar perfeitamente à música. Ao compreender o que tornou certos vídeos um sucesso duradouro e uma influência para a posteridade, você terá uma perspectiva melhor de como fazer com seu próprio vídeo seja inesquecível.
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          Conte uma história que valha a pena conhecer. Muitos dos mais adorados vídeos de todos os tempos contam histórias que são engraçadas, chocantes, trágicas ou triunfantes. Uma história boa de verdade fica na memória do espectador por semanas, meses e até mesmo anos.

          • Um dos vídeos mais famosos de todos os tempos é o vídeo de John Landis para a música “Thriller” de Michael Jackson. Ele conta uma história clássica, além de ser muito mais comprido do que a música em si. Funcionou, mas tenha consciência de que a combinação vídeo demais com música de menos pode ficar chata.
          • O vídeo “Just” do Radiohead dirigido por Jamie Thraves também conta uma boa história, mas com um tom completamente diferente. Esse vídeo usa cenas e elenco perfeitos, além de deixar que o espectador interprete o final para pegar a total falta de sentido da vida dos colarinhos-brancos – uma combinação perfeita para a letra cheia de sarcasmo e ironia de Thom Yorke.
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          Crie um estilo visual único. Os vídeos musicais são uma vitrine e tanto para mostrar inovação e ousadia visual. Ele pode ser uma oportunidade para empregar efeitos visuais abstratos ou animação que complemente o áudio do vídeo. A parte visual não precisa nem mesmo fazer sentido. Contanto que ela seja impactante e acompanhe bem a música, ela pode deixar uma impressão duradoura no espectador.

          • “Take on Me” é o vídeo de Steve Barron para a banda A-ha que estourou nos anos 80. Ele mostra uma história romântica em combinação com cenas de ação e desenho animado. Essa escolha de estilo é perfeita para o tom de fantasia e paixão da música, criando um estilo visual inesquecível.
          • O vídeo “Seven Nation Army” do The White Stripes emprega ilusões de ótica para dar a impressão de que a tomada é a mesma no vídeo todo. Combinado com o jogo de luzes espetacular, tem-se um clima deliciosamente sombrio.
          • Vale a pena também conferir os vídeos See also: “Stockholm Syndrome” da banda Muse [1] e “Money for Nothing” da banda Dire Straits [2]
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          Brinque com paródias. Referências culturais são bastante usadas em vídeos- às vezes, o vídeo inteiro é uma homenagem inspirada ou uma sátira escrachada do material que serve de referência para o vídeo. Com um bom senso de humor, os resultados podem ser clássicos. Se os artistas não ligam em rir de si mesmos, melhor ainda – o público adora músicos que são humildes o suficiente para não se levarem tão a sério assim.

          • O vídeo “California Love” é do diretor Hype William para o 2Pac e Dr. Dre. Ele é uma paródia da série de filmes Mad Max. [3] A paródia serve para duas coisas – além de ser engraçada, ela insinua que a Califórnia dos anos 90 é uma terra sem lei, onde só os fortes sobrevivem, num ambiente parecido com o mundo pós apocalíptico retratado nos filmes do Mad Max.
          • Uma paródia mais engraçada ainda é o vídeo “Sabotage” dirigido por Spike Jonze para os Beastie Boys. [4] Ter os Beastie Boys retratando caricaturas bem exageradas de policiais truculentos dos anos 70 faz com que o vídeo de Jonze seja inesquecível e hilário, ao mesmo tempo em que se encaixa perfeitamente com a música.
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          Seja extravagante. Ás vezes para entreter basta torrar o máximo de dinheiro possível na tela. Filme em uma locação bem exótica. Planeje sequências coreografadas de grande porte. Contrate supermodelos. Vídeos musicais podem ser um puro e simples espetáculo.

          • O vídeo “Big Pimpin'” de Hype William para o Jay Z é um exemplo clássico de vídeo musical como espetáculo. [5] Há muito pouca narrativa – o vídeo consiste basicamente em mostrar Jay Z se divertindo com os amigos em um iate gigantesco, fazendo festas em um paraíso tropical, jogando dinheiro para as multidões e sempre cercados de lindas mulheres. Ele é muito eficiente para mostrar riqueza e arrogância.
          • Lady Gaga é outra artista famosa por seus vídeos caprichados. O vídeo “Alejandro” de Steve Klein retrata uma distopia militar bastante sexualizada, que chega a ser bizarra. Para completar, cenários e figurinos muito loucos (mas apropriados para o vídeo). É uma produção surpreendente e extravagante.
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          Só o básico. Ao contrário das grandes produções, muitos vídeos ótimos seguem a filosofia do “menos é mais”. Vídeos minimalistas permitem que o espectador se concentre na ação e na narrativa (e na sua relação com a música), sem distrações. Para quem tem um orçamento curto, essa é uma opção perfeita.

          • O vídeo “Islands” de Saam para The XX usa tomadas repetitivas de uma dança com coreografia muito simples, mas o efeito é surpreendente.[6] Ao acrescentar pequenas mudanças em cada tomada, podemos ver que um romance trágico está por vir. O ritmo gradativo das mudanças faz com que a tomada final seja ainda mais chocante.
          • Os vídeos do começo de carreira da banda OK GO usavam coreografias que exigiam muita imaginação para criar experiências memoráveis para os espectadores, tudo com umorçamento minúsculo. O vídeo “Here it goes again” (dirigido por Trish Sie e a banda) é um ótimo exemplo de um vídeo bem-feito que gastou quase nada.[7] O vídeo é feito em uma só tomada estática em uma sala sem nenhuma decoração e com apenas oito esteiras de academia de ginástica. Mas a força da coreografia e o conceito impactante fizeram com que o vídeo fosse um grande sucesso quando lançado em 2006.

          Dicas

          • Uma boa estratégia para fazer o vídeo é fazer 3 vídeos completamente diferentes e misturar clipes de cada um para uma versão mista.
          • Sempre coloque um aviso de direitos autorais nos créditos para proteger-se de plágios.
          • Ao terminar o seu vídeo, compartilhe! Confira os artigos http://pt.wikihow.com/Enviar-um-V%C3%ADdeo-Para-o-YouTube e http://pt.wikihow.com/Postar-um-V%C3%ADdeo-do-YouTube-no-Facebook
            • Se você confia na qualidade final do seu próprio trabalho, compartilhe seu vídeo com estações de rádio e canais de televisão especializados em vídeos musicais. Eles podem divulgar o seu vídeo no site deles ou inclui-lo na programação.
          • Para usar o You Tube para divulgar o seu vídeo, é preciso colocar os créditos em “Detalhes Adicionais”, senão sua música será silenciada ou o seu vídeo poderá ser removido por infringir direitos autorais!
          • Confira se a câmera não está de frente para o sol ou para outra câmera, pois o sol pode prejudicar bastante a captura de imagem pelo hardware.

          Materiais Necessários

          • Uma boa música
          • Atores
          • Câmera de Vídeo e operador da câmera
          • Câmera manual (pode ser um celular)
          • Design de iluminação e um assistente
          • Playback em estéreo e engenheiro de gravação
          • Computador
          • Programa de edição como o Windows Movie Maker (PC), iMovie ou Final Cut Pro (para Macs), ou Sony Vegas para ambos SO
          • Dançarinos

          http://pt.wikihow.com/Fazer-um-Videoclipe

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